A Universidade de Lisboa vai ter um departamento do Instituto Confúcio para promover a língua e cultura chinesas em Portugal.
O protocolo foi hoje assinado, na China, pelo Reitor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa, e pela directora geral do Conselho Internacional do Ensino Chinês, Xu Lin.
De acordo com informações divulgadas pela Agência Lusa, o Instituto Confúcio pretende desenvolver o intercâmbio e o diálogo entre Portugal e a China nos domínios da educação, cultura, política e negócios.
Esta oportunidade surge de um convite e interesse formal por parte da China em estabelecer uma parceria com a Universidade de Lisboa. Amélia Loução, vice-reitora da Universidade, adianta que receber o Instituto Confúcio é motivo «de um grande orgulho porque foram eles que nos convidaram e desafiaram» para este projecto. Além disso, acrescenta, «ter um pólo com estas características é extremamente importante porque permite abrir parcerias entre os dois países» não só ao nível da educação mas também da cultura e dos negócios.
No protocolo o Instituto Confúcio compromete-se a promover e leccionar chinês, desenvolver programas de formação para professores da língua chinesa e actuar como um centro de serviços para instrutores que leccionem chinês em escolas secundárias públicas e privadas.
Outro dos objectivos é estabelecer laços entre empresários portugueses e chineses e promover o conhecimento e a compreensão da cultura chinesa. Está ainda previsto a atribuição de bolsas de estudo e o desenvolvimento de programas de investigação.
O alargamento de actividades a outras universidades e instituições do ensino superior em Lisboa, nomeadamente a Universidade Técnica, a Universidade Nova e o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa não vai ser esquecido, mas estudantes, professores e investigadores destas instituições terão desde logo acesso às actividades do Instituto Confúcio da Universidade de Lisboa.
O Gabinete do Conselho Internacional do Ensino do Chinês irá atribuir cerca de 77 mil euros para o arranque do Instituto Confúcio, bem como livros chineses e material de ensino audiovisual para a biblioteca do Instituto, programas de ensino e material de aulas e com o financiamento de projectos especiais recomendados.
À Universidade de Lisboa cabe a responsabilidade de proporcionar estruturas de funcionamento, como espaços para gabinetes, biblioteca e salas de aula.
Para já, Amélia Loução adianta que não há ainda uma data prevista para o inicio das actividades sendo necessário tratar de alguns detalhes.
O Instituto Confúcio terá um Conselho Consultivo que será responsável por definir e acordar a estratégia, o planeamento e o orçamento anual. O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e José Sócrates assistiram à assinatura do acordo entre o Conselho Internacional do Ensino do Chinês e a Universidade de Lisboa para a constituição daquele que será o segundo Instituto Confúcio para o ensino da língua chinesa em Portugal – o primeiro está instalado na Universidade do Minho.
Segundo estimativas do Ministério Chinês da Educação cerca de 40 milhões de pessoas em todo o mundo estão aprender chinês e este número deverá aumentar para cem milhões em 2010. O Instituto Confúcio assegura a difusão da língua e culturas chinesas além fronteiras, tendo já cerca de 100 centros espalhados por diferentes países e regiões. No final da década espera chegar aos 500 centros.
in www.educare.pt
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