Prémio Nacional de Professores
Ministra da Educação pretende distinguir e galardoar os docentes que contribuam de forma excepcional para a qualidade do sistema de ensino. O prémio tem o valor de 25.000 euros e serão também atribuídos prémios de mérito.
Educadores de infância, professores dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário já podem ser propostos para a atribuição do Prémio Nacional de Professores, anunciado hoje pela Ministra de Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.
Com atribuição anual, esta iniciativa tem como objectivo reconhecer os profissionais que contribuam para a qualidade do sistema de ensino em Portugal, quer no exercício da actividade docente, em contacto directo com alunos, quer na defesa de boas práticas com impacto na valorização da escola. Para Maria de Lurdes Rodrigues está é uma oportunidade para «devolver ao país o conhecimento da excelência dos professores» e reconhecer o trabalho feito dado que « parte do nosso percurso é tributário do trabalho dos professores».
Além do Prémio Nacional serão ainda atribuídos quatro Prémios de Mérito. O Prémio Carreira pretende distinguir os profissionais que ao longo da sua carreira se tornaram uma referência para os seus pares, alunos e restante comunidade educativa, pela adopção de boas práticas e capacidade de lidar com as dificuldades. O Prémio Integração destaca antes os professores que dêem particular atenção às necessidades educativas dos alunos com ritmos e estilos diversos de aprendizagem ou de diferentes culturas. O Prémio Inovação visa premiar professores que introduzam métodos inovadores de ensino na sua prática educativa e o Prémio Liderança reconhece professores que revelem um desempenho excepcional nas actividades de coordenação e dinamização ou gestão da escola.
Para a atribuição de qualquer um dos prémios os candidatos têm de ser propostos pelos estabelecimentos de ensino, pelas associações profissionais de professores ou por um grupo constituído por um mínimo de 50 docentes. Cada entidade só pode propor apenas um docente, especificando claramente o prémio a que o candidata. Para já os alunos ficam fora deste processo e não podem nomear nenhum candidato uma vez que, como explica a Ministra da Educação, «existe uma dimensão técnica que requer a validação dos pares profissionais e dos estabelecimentos de ensino». Ainda assim, adianta, pais e alunos acabam por participar indirectamente nestas nomeações uma vez que está previsto que «as assembleias escolares apresentem candidaturas». Contudo, em próximas edições, eventualmente, este processo também poderá ser alargado, mais directamente, à comunidade estudantil.
A análise das propostas apresentadas e a escolha dos candidatos vencedores de cada um dos prémios cabe ao júri presidido por Daniel Sampaio e formado por mais sete personalidades «de reconhecida competência e idoneidade»: António Nóvoa, Reitor da Universidade de Lisboa; Dulce Lavajo, responsável pelo apoio e divulgação do modelo pedagógico Ensinar é Investigar no Porto; Isabel Alarcão, Professora Catedrática aposentada da Universidade de Aveiro; Manuel Rangel Henriques, Director e Coordenador Pedagógico da Escola Tangerina, Educação e Ensino, no Porto; Manuela Castro Neves, Professora do 1º ciclo reformada e autora de vários livros; Raquel Seruca, investigadora e professora da Faculdade de Medicina do Porto; e Roberto Carneiro, antigo Ministro da Educação e Professor da Universidade Católica.
Cada candidatura será acompanhada por um «texto justificativo» que especifique os contributos do candidato para a melhoria do sistema de ensino, currículo do professor e respectivo portfolio, que reuna trabalhos e documentos relevantes para a avaliação e «sustenta as candidaturas, como explica Daniel Sampaio, presidente do júri.
As propostas de candidatura têm de ser apresentadas até dia 30 de Abril, electronicamente, através da página http://www.min-edu.pt/premio, e deverão apresentar professores em exercício efectivo de funções.
Daniel Sampaio acredita que «será difícil escolher» mas salienta que é «fundamental distinguir o trabalho dos professores» por isso mesmo garante que as candidaturas vão ser analisadas «com todo o cuidado»
O Prémio Nacional de Professores terá o valor de 25 000 euros e os restantes prémios serão materializados por Diplomas de Mérito Pedagógico, visitas de estudo a escolas ou a instituições de referência no estrangeiro bem como a publicação e divulgação de trabalhos dos candidatos.
O processo de análise e de selecção das candidaturas deverá estar concluído até 30 de Outubro. A cerimónia de atribuição e de divulgação dos prémios deverá ter lugar até 15 de Dezembro.
À margem da apresentação destes prémios, questionada sobre a entrega de um abaixo-assinado da FENPROF que reivindica a realização de um novo concurso de colocação nas escolas este ano, a Ministra da Educação não se alongou em comentários adiantando apenas que «não houve irregularidades» e que «não vai haver novo concurso».
24 de janeiro de 2007
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