Laboratórios de portas abertas
O Instituto Superior Técnico recebe pelo terceiro ano consecutivo alunos do ensino secundários de todo o pais. Laboratórios Abertos 2007 é uma oportunidade para os estudantes passarem da teoria à pratica ao mesmo tempo que se divulga ciência e tecnologia.
Cerca de 1800 alunos de 30 escolas do país vão passar até ao final da próxima semana pelos laboratórios do departamento de Engenharia Química e Biológica do Instituto Superior Técnico, em Lisboa. A razão é simples: um convite para o mundo da ciência e da tecnologia com a promessa de algumas experiências à mistura.
Vindos de todo o país, estes estudantes têm à sua espera cerca de duas horas e meia de experiências que muitos não têm oportunidade de viver nos próprios estabelecimentos de ensino, podendo aqui ver como se passa da teoria à prática. Enquanto estiverem nestes laboratórios de portas abertas vão poder ver moléculas do DNA, conhecer o processo de produção de proteínas terapêuticas, como a insulina, descobrir a química através dos mais diversos produtos de supermercado ou mesmo o quanto a câmara escura pode ser importante numa investigação criminal
A iniciativa não é nova. «Os laboratórios estão abertos às escolas desde 2005» adianta, Cristina Ferreira, Docente do Departamento de Engenharia Química e Biológica, e responsável pelo projecto.
Com esta projecto os responsáveis do Departamento de Engenharia Química e Biológica pretendem encenar experiências com todos os alunos do ensino secundário presentes, dar a conhecer os laboratórios e os diferentes trabalhos que aí se fazem e, ao mesmo tempo, divulgar a ciência e tecnologia. Mas as experiências que aqui se vêem e se fazem até dia 16 de Fevereiro são sem dúvida um grande atractivo para os alunos que aqui vêm. «Quanto maior for a espectacularidade da experiência, maior é a adesão» reconhece Cristina Ferreira.
O balanço «tem sido muito bom» e por isso mesmo a iniciativa repete-se ano após ano. Esta terceira edição está dividida em dois módulos. O primeiro é constituído por experiências em polímeros e novos materiais e com produtos de supermercado, abordando ainda a investigação criminal em câmara escura e a engenharia química sustentável. No segundo módulo os estudantes vão ter oportunidade de ver experiências relacionadas com genes e genomas e ficar a conhecer o método de produção de proteínas terapêuticas e o papel da biotecnologia na protecção do ambiente.
O projecto envolve 35 docentes do departamento de Engenharia Química e Biológica e ainda alguns dos alunos do Instituto Superior Técnico que, voluntariamente, vão ajudar na recepção dos alunos do secundário – quem sabe futuros colegas – e na apresentação das próprias experiências.
A edição da iniciativa Laboratórios Abertos do ano passado teve a presença de cerca de 1400 alunos. O sucesso e a adesão das escolas a este evento tem crescido o que faz com que Cristina Ferreira não tenha dúvidas quanto ao próximo ano. «É para continuar», promete.
6 de fevereiro de 2007
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